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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


Rio de Janeiro, 15 de março de 1929.
 Mário
(...)
O “libertino” me agrada extraordinariamente e pouco me importa que tomem por outra coisa. Me lembrei outro dia desse título Outra coisa. O Alcântara achou muito bom. Que acha? Eu prefiro este que Rodrigo proprôs: Libertinagem apesar de haver o Le libertinage de Aragon, estou tentadíssimo. Libertinagemserve para a forma e por ironia para o fundo. Nem é tão irônico assim: na “Oração a Terezinha do Menino Jesus” há uma confusão de oração e cantata, da santa e da mulher, que tem alguma coisa de sacrílego, de “libertino” no sentido original francês. Libertinagem é dúbio, é triste, é geral, é breve, é bonito...
Cunha ou coroa? Libertinagem ou Outra coisa? Ou outra coisa?
Abraços do
 M.

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